Tristeza, não pela morte!

Ontem, não lembro onde andava nesse mundo cibernético, li um comentário sobre a morte da Amy Winehouse.

O cara dizia que era ótimo ela ter morrido, que era um péssimo exemplo para os jovens.

E jovens lá dão bola pra exemplo?

Eles fazem o que os pais deixam fazer enquanto são menores e o que querem depois de maiores.

Sem contar que não adianta de nada falar, falar, falar, eles vão beber, fumar, usar drogas, transar sem camisinha.

Infelizmente, eles tem toda a informação e ainda assim fazem as escolhas erradas porque querem, por que desejam aprender sozinhos, ver se realmente é como dizem ou até testar seus limites.

O que devemos é cuidar as companhias, estar sempre atentos à qualquer mudança de comportamento e, acima de tudo, ter uma amizade verdadeira com seus filhos desde pequenininhos.

Não adianta nada você ver seu filho de 15 ou 16 anos se perdendo diante dos seus olhos e tentar construir uma amizade, um laço que deveria ter sido contruído há anos atrás.

E não pense que são só as companhias que fazem seu filho usar drogas não.

Afinal ninguém obriga ninguém a cheirar cocaína, fumar maconha, beber...Cada vez mais cedo vemos nossos jovens e adolescentes beberem para se socializar com os amigos que já o fazem...a grande aliada das drogas é a solidão causada pela exclusão da sociedade, das pessoas que eram suas amigas no colégio.

Sobre o que o cara falou, que era o fio da meada que já deixei emaranhar, acho que ele deveria esperar um tempo para colocar seu ódio para fora.

Devemos lamentar a morte da Amy Winehouse como lamentaríamos a morte de um amigo, de um conhecido ou até mesmo de um ente querido que perdeu a guerra contra as drogas.

Como devemos lamentar a morte de um ser humano!

Tentemos nós aqui do outro lado do mundo, no nosso mundinho pink em que a morte dela não afeta o dia a dia, nos colocar no lugar dos familiares e amigos dela e sentir um pouquinho da dor que els sentem por perder uma filha tão cedo e de maneira tão trágica.

Levaremos então em consideração os anos em que ela sofria e em que seus familiares e amigos sofriam ao vê-la se afundar cada vez mais.

Senão nós não iremos passar de abutres, que esperavam que algo de ruim acontecesse para poder se rejubilar na dor do outro.

Essa não é a hora de deixar o ódio sair.

E para que nos lembremos da Amy Winehouse como pessoa, não como uma fonte inesgotável da venda de revistas e de audiência na TV:

R.I.P Amy Winehouse